Mais de 12 mil hectares entre Douradina e Itaporã foram reconhecidos como de tradicional ocupação indígena. Parecer da Consultoria Jurídica do Ministério da Justiça admite possibilidade de indenizar proprietários de terras demarcadas.
A Portaria 524, da Fundação Nacional do Índio (Funai), publicada no Diário Oficial da União de hoje (12), com base em laudos antropológicos, reconhece a Terra Indígena Panambi-Lagoa Rica, localizada nos municípios de Douradina e Itaporã na região sul de Mato Grosso de Sul.
Os assuntos envolvendo a Educação Indígena no Estado foram discutidas entre representantes indígenas e a Secretaria Estadual da Educação (Seduc).
Foi no dia nove de dezembro que a aldeia dos Parkatêjê, em Marabá, município do Pará, comemorou o lançamento do livro e do DVD que conta a história da pequena comunidade, que já esteve ameaçada de extinção. Com muita festa e comemorações típicas da cultura local, os cerca de 350 indígenas que formam a população da tribo vibraram com o fim de um trabalho onde os próprios participaram diariamente, desde as falas até as gravações.
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"Isto pertence ao meu povo" é o título do livro, que teve apoio da Vale do Rio Doce. Ao todo, dois mil exemplares foram distribuídos entre a aldeia e visitantes. A obra tem 196 páginas e é o resultado de entrevistas com o cacique Krôhôkrenhum (foto abaixo), já octagenário e fundador da tibro. As entrevistas foram feitas por voluntários da própria aldeia, que antes passaram por processo de aprendizagem nas oficinas.
O Desfile de Moda Kadiwéu, com estilistas, design, confecção e modelos indígenas, que será realizado no município de Bodoquena, foi antecipado do dia 17 para 16 de dezembro, sexta-feira. O evento, que vem ganhando grandes proporções, está sendo coordenado pela Secretaria de Assistência e Promoção Social, visando prestigiar e valorizar a cultura indígena Kadiwéu, que exerce forte influência na região.
De acordo com informações de Rosana Maria T. Hada, secretária municipal e primeira dama, a expectativa é grande e já desperta o interesse de pessoas até de fora do Estado para prestigiar o evento.
Foi publicado hoje pela Funai (Fundação Nacional do Índio) o relatório antropológico identificando como terra indígena guarani-kaiowá uma área de 12, 1 mil hectares em Douradina e Itaporã, no Sul do Estado. A terra Indígena Panambi-Lagoa Rica tem perímetro de 63km e, conforme o relatório, passa por mais de cem propriedades.
O relatório de idenficiação, iniciado em 2008, é um dos passos importantes para a homologação definitiva da terra como indígena. Mas o processo de retomada da área pelos indígenas é antigo e intensificou-se em 2005, quando eles ocuparam a área, depois saíram, após um acordo com os donos de terras.
Acompanhe o que vem sendo publicado na imprensa sobre a cultura indígena e a atuação do Museu do Índio na divulgação de uma visão inovadora sobre esses povos.