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Museu do Índio - Exposições

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PROGRAMAÇÃO

Exposições

Ambientações

A construção de casas indígenas no jardim do Museu do Índio tem sido um bom recurso para informar sobre a diversidade cultural e a contemporaneidade dos povos indígenas brasileiros. As casas dizem muito sobre uma sociedade e seu modo de organização.

Formas, divisão, função do espaço interno e materiais de construção dão pistas sobre o modo de vida e a visão de mundo dos seus moradores. Observando uma casa, podemos perceber as noções de conforto, privacidade, funcionalidade e bem estar de seus habitantes.

Quando nos deparamos com casas de outros povos, percebemos como estes conceitos são relativos e nos perguntamos: será que alguém se sente confortável cozinhando de cócoras? É possível dividir o espaço com uma família de 30 pessoas? Resposta: sim, por que não? Cada povo tem sua própria maneira de fazer coisas e se relacionar e pensar o mundo. A casa, o pátio, a roça, a aldeia, a mata, o rio são partes de uma geografia exclusiva de cada povo.

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Opy

Casa de reza Guarani M"byá foi construída, em 2001, nos jardins do Museu, pelos Guarani Mby"a da Aldeia Sapukay, de Angra dos Reis, Rio de Janeiro. Entre os Guarani, a atividade religiosa acontece na Casa de Reza - Opy. Diferentemente das casas de moradia, ela não tem paredes internas dividindo ambientes e é totalmente vedada com barro para que espíritos indesejáveis não possam entrar.

Na Opy, os xamãs dizem as belas palavras - porahei - que os espíritos lhes transmitem em sonhos. Nela, os bebês recebem seus nomes, os doentes são curados, as sementes de milho são abençoadas antes de serem plantadas e onde, também, são realizados os funerais.

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Uné - Casa Kuikuro

A Uné foi construída no Museu em 1998 por 15 Kuikuro que consideraram importante mostrar o seu estilo tradicional de vida.
Ficou em exposição até 2003.

A Uné abriga famílias extensas, ou seja, um casal, seus filhos, genros e/ou noras e netos.
Cada família nuclear, pais e filhos, coloca suas redes nos nichos laterais da casa.
No centro, entre as portas, ficam grandes panelas de barro, raladores, cestos e os alimentos guardados em jiraus junto ao teto. Este conjunto forma a cozinha. A casa é comparada ao corpo humano. Ela tem pernas (esteios centrais), peito (fachada superior), nádegas (laterais) e cabeça (cumeeira).

Os Kuikuro estão no Parque Indígena do Xingu (MT), onde vivem 15 povos indígenas que, graças ao longo e estreito convívio, compartilham o que se chama de cultura xinguana.

Links Relacionados: Galeria de imagens da Uné e de detalhes de seu interior.

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Jurá - Casa Wajãpi

Térreas ou altas, em geral, as casas Wajãpi são abertas de todos os lados e construídas com material 
muito variado como madeira de diferentes árvores, vários tipos de folhas de palmeiras, resinas, cipós.

A casa foi construída no jardim do Museu como parte da exposição Tempo e Espaço na Amazônia: os Wajãpi, que apresentou objetos, sons, imagens e conhecimentos que integram o patrimônio cultural deste povo indígena do Amapá.

 

 

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Lakuh

Círculo cerimonial montado para a realização do Turé, festa de agradecimento aos seres sobrenaturais ou invisíveis (Karuãna) pelas curas que eles propiciam por meio das práticas xamânicas dos pajés.

Fazem parte do Turé os mastros enfeitados, os grandes bancos da cobra grande, do jacaré e do colhereiro, onde se sentam os convidados, no espaço sagrado chamado lakuh ou piroro. Junto ao mastro, fica o banco do pajé e o seu pakará, cesto onde guarda o maracá e os cigarros tawari. Os participantes bebem e oferecem aos invisíveis grandes quantidades de caxiri. Caxiri e Turé são praticamente indissociáveis.

Tudo tem um sentido dentro do lakuh e todos eles referem-se ao Outro Mundo. O mastro central é por onde descem os Karuãna que chegam pelo ar para participar da festa e são vigiados por Uaramim, a pomba-Karuãna disposta no topo do mastro. É também onde os Karuãna descansam quando não estão dançando ou bebendo caxiri com seus anfitriões. Os bancos são os próprios Karuãna cujas formas, pinturas e grafismos são sonhados pelos pajés antes do início dos preparativos do ritual. Já os cantos, são uma espécie de convite e homenagem às pessoas invisíveis chamadas para participar da grande festa, onde dançam e bebem, por dois dias, homens, mulheres, velhos, jovens e Karuãna.

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Cantos e Encantos Tikmũ'ũn

As instalações no jardim do Museu do Índio relembram as visitas que os Tikmũ'ũn fazem aos jardins zoológicos das grandes cidades. Os seus cantos encerram o conhecimento de uma riquíssima variedade de espécies de animais, típicos da riqueza original da Mata Atlântica. Enumeram espécies, descrevem seu comportamento, aspectos de plumagem ou da pele,suas formas de locomoção, seu caráter, mas, sobretudo, exploram espaços do mundo em que os corpos humanos não podem penetrar: o interior da terra, a dobra entre dois galhos, a sombra das folhas caídas sobre a água, as copas das árvores. Todos os homens, mulheres e crianças conhecem essas espécies – por cantarem seus cantos – apesar de nunca as terem visto. (Rosângela Pereira de Tugny - curadora)