O evento apresentou o universo indígena do Brasil e sua produção artística e cultural em exposições sobre 55 etnias no Memorial dos Povos Indígenas, em Brasília.
O evento reuniu exposições sobre 55 etnias, incluindo as que integram o Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas do Museu do Índio – PROGDOC.
As mostras, que foram vistas em diversos espaços do Memorial, exibem o universo indígena do Brasil e sua produção artística e cultural, além de uma ampla coletânea de registros audiovisuais. Os saberes e rituais das 55 etnias, foram apresentados de forma lúdica, por meio de objetos, textos, fotos, vídeos, músicas e falas. Entre as curiosidades, um corredor sonoro com 14 monitores portáteis e interatividade para escuta de 18 sonoridades – falas e cantos – indígenas.
Entre os vários grupos apresentados no evento, os Tikmũ’ũn - também conhecidos como Maxakali (MG) - ganharam destaque pela resistência e vitalidade com que preservam os seus saberes musicais e a sua linguagem.
Veja aqui as fotos dos eventos promovidos pelo Museu do Índio.
Curadoria: José Carlos Levinho
Local: Memorial dos Povos Indígenas – Eixo Monumental Oeste. Praça do Buriti - Brasília/DF.
Uma seleção de fotos mostra ao público as formas inusitadas das brincadeiras indígenas, algumas delas muito semelhantes às dos povos não indígenas.
Veja aqui as fotos dos eventos promovidos pelo Museu do Índio.
Curadoria: Arilza de Almeida
Local: Espaço Muro do Museu / Museu do Índio
Os brinquedos apresentados na mostra fazem parte da coleção do Museu do Índio. As peças foram confeccionadas por mães, pais e avós de crianças de diferentes povos indígenas. De um jeito divertido, os públicos infantil e adulto conheceram as formas inusitadas das brincadeiras indígenas.
Veja aqui as fotos dos eventos promovidos pelo Museu do Índio.
Curadoria: Arilza de Almeida
Local: Galeria de Arte Indígena
A documentação fotográfica realizada pela Comissão Rondon, de 1900 a 1922, durante as expedições de construção das linhas telegráficas pelo interior do Brasil, chefiadas por Cândido Mariano da Silva Rondon, é a base desta exposição apresentada no espaço Museu das Aldeias, de 10 de julho a 10 de agosto de 2003.
Sob a curadoria do antropólogo francês Pierre-L. Jordan, a mostra reuniu 170 ampliações da época (originais) e oito atuais feitas a partir dos negativos em chapas de vidro, sem os cortes da censura do início do século XX.
O trabalho teve como referência o álbum Linhas Telegráficas Estratégicas de Matto Grosso ao Amazonas: photographias da construcção, expedições e explorações desde 1900 a 1922, publicado durante as comemorações do centenário da independência e que integra o acervo Audiovisual do Museu do Índio. As fotografias selecionadas nunca tinham sido exibidas anteriormente.
O público conferiu os diferentes olhares, em relação à imagem “oficial” do índio brasileiro, dos fotógrafos Alberto Brand, José Louro, Luiz Leduc, Oscar Pires, Joaquim de Moura Quineau, Luiz Thomaz Reis, Emanuel S. do Amarante, Benjamin Rondon (filho do Marechal Rondon), entre outros.
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"Nós", "a gente", é a forma pela qual se autodenominam os índios que vivem na região que se estende do Alto Juruá e margem direita do rio Envira, no Acre, até a Cordilheira dos Andes, no Peru.
A mostra que ocupa o Espaço Muro do Museu apresenta os Ashaninka que habitam a Terra Indígena Kampa do Rio Envira (Acre), nas aldeias Bananeira, Simpatia, Riozinho e Sete Voltas. São 20 fotografias em preto e branco, tiradas no período de 2004 a 2006. Curadoria e fotos de Sonja Ferson.
O Espaço Muro do Museu, Inaugurado em 2006, apresenta exposições fotográficas em painéis fixados nos muros que compõem a fachada do Museu do Índio. A idéia é oferecer ao público que passa pela rua das Palmeiras, no bairro de Botafogo, zona sul do Rio, a oportunidade de tomar contato com temáticas variadas relacionadas aos povos indígenas do Brasil.
"Ashaninka" é a quarta mostra a ocupar o espaço. As anteriores foram "Tempos de Escrita" (2007-2008), "Celebrações Indígenas" (2006-2007) e "Os Paresi" (2006).
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A exposição reuniu, no espaço Museu das Aldeias, aproximadamente, 150 peças deste grupo indígena de Rondônia, entre objetos de cerâmica, plumária, armas, máscaras e instrumentos musicais, selecionados do próprio acervo do Museu do Índio e da nova coleção recém adquirida.
A mostra incluiu também desenhos feitos pelos Suruí e fotos.
Uma das mais importantes manifestações culturais dos Suruí, a festa do MAPIMAÍ, é tida como um momento de reafirmação de alianças, de reafirmação da própria identidade. Acontece nos meses de verão, quando praticamente não há chuva, e tem a participação de toda a comunidade.
Na exposição, a festa foi representada em três ambientes: um espaço retratou a floresta, outro falou sobre a preparação da festa e o último trouxe a noite do MAPIMAÍ.
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Concebida no contexto dos 500 anos, o Museu do Índio apresentou a exposição “Corpo e Alma Indígena” como uma reflexão sobre o universo material e simbólico construído pelos povos indígenas que vivem hoje no Brasil.
Valorizando a positividade da cultura indígena, sua singularidade e sua engenhosidade em propor diferentes soluções para problemas humanos comuns é que se apresentou o corpo como o fio condutor que dá acesso ao rico universo Ameríndio.
“Nós, comunidade indígena maxakali, queremos mostrar nossa imagemcorpoverdade’’. Com estas palavras, um grupo de homens tikmũ’ũn inicia, há quase sete anos, a redação de uma carta endereçada às autoridades governamentais, em um momento em que sentiam particularmente o peso da construção e propagação de um cenário degradante a seu respeito. A carta prenunciava a guerra assimétrica que assistimos hoje em todas as mídias, buscando convencer a sociedade civil sobre as vantagens de por fim às diferenças fundamentais dos povos indígenas e aos seus direitos constitucionais. O Muro do Museu apresenta alguns trabalhos das mulheres da Aldeia Verde com a câmera fotográfica. Aqui, a câmara – que tanto já capturou suas imagens pela via do olhar dos ãyũhũk (os que estão fora de sua sociedade) – serviu como extensão de um olhar interno que essas mulheres já possuíam, celebrando nas imagens produzidas a contigüidade entre os corpos e o movimento que qualifica o espaço.“ Imagemcorpoverdade” em uma só palavra. Essa inusitada apropriação do português pelos tikmũ’ũn revela que: se o saber migra de corpos e transita, ele permanece sempre corpo, sempre verdade, nunca apenas imagem. Não há imagem desvitalizada, sem corpo e sem verdade, nos olhos dos tikmũ’ũn. (Rosângela Pereira de Tugny - curadora).
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Entre os vários povos que habitaram a extinta Mata Atlântica, os Tikmũ’ũn estão entre os que mantiveram viva a sua língua, a sua ciência musical, ainda que o façam na contramão do mundo que os envolve. As terras em que vivem e circulam foram drasticamente reduzidas, perderam as riquezas das antigas florestas e se encontram cobertas de capim colonião com seus cursos de água degradados. Ainda neste espaço, os Tikmũ’ũn vivem obstinados a renovar, noites a fio, um acurado conhecimento da fauna e da flora por meio dos seus cantos – uma verdadeira e potente enciclopédia da biodiversidade.
A exposição é dedicada à experiência de escuta de momentos da rica palheta sonora presente nos trabalhos acústicos compartilhados por crianças, homens e mulheres das aldeias Yãmĩyxop.
Quase sempre a presença dos Yãmĩyxop nas aldeias é acompanhada de uma escrita pictográfica: o mĩmãnãm, o “mastro brilhante”. Com seus losangos refratados, com o vermelho brilhante e os espaços pontilhados, o mĩmãnãm compõe o espaço acústico e visionário, onde os povos Tikmũ’ũn se aproximam dos povos Yãmĩyxop. Os Tikmũ’ũn enumeram vários destes Yãmĩyxop, que, mais que categorias de espíritos, são eventos de aparição, donos de dispositivos acústicos musicais, afetivos e transformacionais. Chegam às aldeias trazendo partes das substâncias encontradas por onde passam: sacos plásticos, lama, folhagem, algodões, corretivos. Os jovens tikmũ’ũn vêm se apropriando das câmeras filmadoras para efetivar esses eventos em outros espaços e suportes. Segundo os viajantes do século XIX, que estiveram nas regiões por eles frequentadas, os Tikmũ’ũn foram os maiores construtores dos barcos que navegaram no Jequitinhonha e suas mulheres as maiores oleiras, as quais seguramente deixaram suas marcas na tradicional olaria da região. Hoje, as mulheres Tikmũ’ũn fiam e enlaçam, delicadamente, sobre suas pernas as últimas fibras que ainda encontram em suas vizinhanças, retiradas da casa das embaúbas, multiplicando texturas, laços e fazendo do tempo uma qualidade sensível, um lugar intenso, uma abertura possível. (Rosangela Pereira de Tugny - curadora).
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O grupo indígena Mbyá Guarani do Rio de Janeiro é a etnia escolhida para iniciar o programa “Índio no Museu”, do Museu do Índio, em Botafogo. Desde dezembro de 2009, o evento integra os espaços expositivos da instituição – Museu das Aldeias, Muro do Museu e a Galeria de Arte Indígena - com uma mesma temática. A proposta, baseada na parceria direta com os índios, é a documentação da sua cultura com foco na cultura material e no processo de produção de bens.
A exposição fotográfica "Ojapo Porã'i" acontece no espaço Muro do Museu. São 20 fotos realizadas pelos próprios índios em oficinas organizadas pelo Museu do Índio. Os Guarani vão mostrar para a população da cidade o que eles registraram como um “fazer bonito” (ojapo porá) em suas aldeias do Rio de Janeiro. A curadoria é assinada pela antropóloga Elizabeth Pissolato.
Os Guaranis vivem, hoje, nas Regiões Sudeste, Sul e Centro-Oeste do Brasil, e estão classificados em três grupos: Kaiová, Nhandevá e Mbyá. Com uma população estimada em torno de 34 mil pessoas, mantêm uma unidade lingüística e cultural, constituindo-se, assim, numa das maiores etnias indígenas do País. O idioma Guarani pertence à família Tupi-Guarani, do tronco lingüístico Tupi. Há Guaranis também em terras situadas em partes da região de Missiones na Argentina, do leste do Paraguai e norte do Uruguai.
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