Museu do Índio digitaliza cantos e mitos registrados entre 1967 e 1999, e dá continuidade às ações para a salvaguarda das culturas indígenas.
O material, doado pelo pesquisador Dr. Patrick Menget, antropólogo e prof. emérito da EPHE – Ecole Pratique Des Hautes Etudes (Fr), reúne cerca de 35 horas de gravação de cantos cerimoniais e de mitos narrados pelos anciãos. Mais especificamente:
° Cantos e mitos Ikpeng – narrados, na década de 70, pelos mais antigos representantes da etnia, na aldeia Pavuru.
° Festas do Alto Xingú – incluindo cantos cotidianos e cerimoniais de diversos povos.
° DESTAQUE para os Cantos Yarumã – único registro conhecido desse povo Karib, do Alto Xingu, já desaparecido.
Na foto, o Prof. Patrick Menget e o diretor do Museu do Índio, José Carlos Levinho, assinam o Termo de Doação de Acervo.
Todo o material foi digitalizado pelo Museu do Índio, no âmbito do Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas, e será entregue aos Ikpeng, pelo Prof. Dr. Menget, no início de outubro, para integrar o acervo do Centro de Documentação da Casa de Cultura Ikpeng,na aldeia Moygu.
Já compõem o acervo do Centro Ikpeng, filmes, fotos, livros, desenhos, textos e documentos históricos que mostram a história de sua comunidade a partir do primeiro contato com grupos não indígenas, em 1964. Em novembro, esse marco histórico completa 50 anos.
Em 1967, somavam 67 indivíduos e hoje, após quatro décadas de habitação no Parque Indígena do Xingu, a população Ikpeng consiste de 459 pessoas – segundo dados da UNIFESP (2010).
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CS-26/09/2014