A exposição, aberta ao público no Dia Internacional dos Povos Indígenas (9 de agosto), apresenta, a partir de mitos, fotos e objetos de uso ritual e cotidiano, a riqueza da cultura desse povo que habita a região de fronteira com o Peru, no Acre.
Curadoria de Peter Beysen e Sonja Ferson.
Os Ashaninka, que vieram ao Rio de Janeiro recepcionar os visitantes no Museu do Índio, ficaram encantados ao verem as salas enfeitadas com seus retratos, objetos e vídeos. Na foto, Maria Augusta Assirati, presidente da FUNAI, Francisco Piyãko, liderança geral Ashaninka, e Antônio Piyãko, Cacique da Aldeia Apiwtxa.
A Presidente da FUNAI, Maria Augusta Assirati, e o Diretor do Museu, José Carlos Levinho, receberam os representantes Ashaninka, que vieram ao Rio de Janeiro especialmente para o evento. Entre outros assuntos, o líder, Francisco Piyãko, falou sobre o contato feito, recentemente, pelos índios isolados, no Acre, e a alegria do povo Ashaninka em participar da montagem.
(Fotos: Paulo Múmia)
Exposição Ashaninka - O Poder da Beleza
Visitação: de terça a sexta-feira, das 9h às 17h30min;
Sábado, domingo e feriado, das 13h às 17h.
Rua das Palmeiras 55 - Botafogo - Rio de Janeiro/RJ.
Grátis.
Clique na imagem à direita para ver mais fotos da visita dos Ashaninka.
Os Ashaninka ocupam, hoje, uma região de fronteira entre o Brasil e o Peru. Somam aproximadamente 70 mil pessoas, sendo a maioria habitante de aldeias em território peruano. No Brasil, as aldeias se localizam nas proximidades dos Rios Envira, Amônia e Riozinho, no Acre. Pertencem à família linguística Aruak (ou Arawak) e são o principal componente do conjunto dos Aruak sub-andinos, junto com os Matsiguenga, Nomatsiguenga e Yanesha (ou Amuesha). Apesar de existirem diferenças dialetais, os Ashaninka apresentam uma grande homogeneidade cultural e linguística. Saiba mais...
A preocupação com a ameaça à extraordinária diversidade linguística e cultural existente no Brasil, especialmente na Amazônia− o que exigia um esforço imediato e coletivo para sua preservação− levou a UNESCO e a FUNAI/Museu do Índio, em 2008, a estabelecerem uma parceria para o desenvolvimento do Projeto de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas Brasileiras.
O projeto de cooperação técnica internacional entre a UNESCO e a FUNAI/ Museu do Índio, com encerramento previsto para junho de 2015, vem promovendo a documentação de línguas e culturas ameaçadas de 20 povos indígenas, bem como a preservação de acervos individuais existentes, ampliando as possibilidades de sua salvaguarda e consolidando esta nova área de conhecimento no Brasil. Também vem formando novas gerações de pesquisadores especialistas em documentação – precondições essenciais para a preservação da diversidade.
Entre os resultados alcançados pelo projeto destaca-se que, de dezembro de 2008 a junho de 2014, foram realizadas mais de 300 oficinas e atividades de documentação − sendo 212 desenvolvidas nas aldeias e 96 nas instalações do Museu do Índio −, com familiarização, treinamento e capacitação em métodos e técnicas de documentação de 40 pesquisadores não indígenas e 200 pesquisadores indígenas. Os trabalhos também tiveram a participação de outros 180 colaboradores das comunidades.
9 de agosto: Exposição Ashaninka no Museu do Índio
Museu do Índio no Dia Internacional dos Povos Indígenas
Veja o vídeo da festa de inauguração
CS-11/08/2014