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Rio+20 tem programação intensa no segundo dia de debates

No segundo dia de debates, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, reúne hoje (14) uma série de atividades paralelas e definições no texto preliminar sobre os temas-chave que serão discutidos pelos chefes de Estado e de Governo do dia 20 ao dia 22. Organizações não governamentais (ONG) e integrantes da sociedade civil debatem alternativas para assegurar qualidade de vida no planeta.

Com a participação de pelo menos 115 chefes de Estado e de Governo, os ministros e especialistas de cada país se reúnem em busca de acordos sobre o conteúdo do documento preliminar que será definido pelos líderes políticos. O texto inclui temas como inclusão social, erradicação da fome e da pobreza, alternativas para a economia verde e sustentabilidade. Porém, as divergências persistem.

Ao longo desta quinta-feira (14), haverá discussões sobre clima, desmatamento e tecnologias para garantir a sustentabilidade em negócios e melhorias para as populações nos próximos anos. A organização não governamental WWF apresenta as propostas Água Brasil e Família de Pegadas. O objetivo é alertar sobre a necessidade de agir e não deixar que as propostas fiquem apenas nas palavras.

Também começa nesta quinta-feira (14), o Rio/Clima, evento paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, que discutirá formas de reduzir a emissão de gases de efeito estufa.

A Fundo Vale (da Vale) e a Fundação Roberto Marinho, com o apoio do Serviço Florestal Brasileiro, lançam o projeto Florestabilidade. A ideia é mostrar a importância econômica, ambiental e social do manejo florestal no país, que tem a maior área de floresta contínua do mundo a Amazônia.

O manejo florestal consiste em englobar técnicas que dão prioridade à sustentabilidade sem prejuízo aos ecossistemas. Na prática, as medidas permitem determinado uso dos recursos disponíveis com o mínimo de impacto ambiental. No setor empresarial, a questão da sustentabilidade é tema de uma discussão da secretária executiva da Rede Brasileira do Pacto Global, Yolanda Cerqueira Leite, e dos secretários do fórum (de mesmo nome) Tim Wall e Kristen Coco. Paralelamente, no Parque dos Atletas, um pavilhão ao lado do Riocentro onde serão concentrados os debates das autoridades , ficarão em exposição projetos que destacam o desenvolvimento de propostas de tecnologia associada aos negócios.

No Cais do Porto, uma apresentação artística fará lembrar a Europa dos anos 20  satirizar o consumo e os excessos. No Parque do Flamengo, a defesa pela inclusão social como meta a ser ratificada por todos ganhará apresentação especial com a dança dos bailarinos em cadeiras de roda. O espetáculo mostra que não há limites para a expressão nem para a arte.

Programação Cultural

A programação cultural foi aberta oficialmente na noite de quarta-feira (13) pela ministra da Cultura, Ana de Hollanda, no Galpão da Cidadania, no centro da cidade. Ela ressaltou a capacidade do evento em transformar conceitos e mudar o comportamento da sociedade, levando-a a discutir valores de forma lúdica, criativa e afirmativa. Até o próximo dia 22, quando será encerrado o encontro, o Ministério da Cultura terá dois locais para apresentar sua programação cultural, o Galpão da Cidadania, espaço destinado à reflexão e ao debate em torno da importância da cultura como eixo estratégico do desenvolvimento sustentável; e e o Armazém da Utopia, onde, sempre a partir das 18h30, será apresentado o musical Havana Café.

o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Vitor Ortiz, a programação de debates e as manifestações artísticas previstas para o Armazém da Utopia e no Galpão da Cidadania refletirão em grande medida a voz dos setores que querem enfatizar o papel da cultura para o futuro e para a sustentabilidade. Ganha destaque, nesta quinta-feira, o evento Dança em cadeira de rodas no Brasil: competências no processo de inclusão social, que será realizadaono Museu de Arte Moderna, no Parque do Flamengo, de 10h às 15h, pela Universidade Federal de Juiz de Fora.

O Ministério do Meio Ambiente promove, às 9h30, a palestra A Sustentabilidade necessária associada ao potencial do Brasil se tornar o 5 país do mundo na produção de produtos químicos industriais em 2020. Ás 14h30, inicia o debate Empreendedorismo Sustentável (consulta no endereço http://hotsite.mma.gov.br/ciclomma/empreendedorismo. O Ministério das Comunicações inicia, às14h o debate Cultura, Comunicação e Desenvolvimento – Galpão da Cidadania, no estande do Ministério das Comunicações, Armazém 2 do Pier Mauá, Avenida Rodriguez Alves, 10, Praça Mauá.

Todos os dias, às 16h, haverá demonstração dos principais programas e iniciativas do Ministério das Comunicações voltadas para inclusão digital. Serão feitas demonstrações de computadores robôs e equipamentos reciclados, desenvolvidos a partir do curso de formação provido pelo Ministério aos Telecentros participantes do Programa de Telecentros. No Rio Centro, o ministério promove a Desconferência Cultura e Sustentabilidade, com fóruns auto-organizados para troca de ideias, networking, aprendizado.

A Fundação Nacional do Índio inicia o dia com a apresentação da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial em Terras Indígenas, o principal assunto paralelo à Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), a ser realizado no Museu do Índio, no Rio de Janeiro.

Será apresentada a experiência de construção da política, elaborada com participação dos povos indígenas, que culminou com o decreto assinado pela presidenta Dilma Rousseff no último dia 5 de junho, durante as comemorações do Dia Mundial do Meio Ambiente. À tarde, quatro grupos indígenas vão relatar suas experiências na construção de planos de gestão territorial e ambiental. Será uma discussão técnica sobre o protagonismo indígena na gestão das terras indígenas dos povos do Oiapoque, no Amapá; Timbira, que se localizam no sul do Maranhão, leste do Pará e norte do Tocantins; Pataxó, do sul da Bahia; e Potiguara, da Paraíba. Às 18h, será lançado o livro Diálogos entre Estado e Povos Indígenas no Brasil: a participação indígena no processo de construção da PNGATI. A publicação reúne as experiências acumuladas entre 2008 e 2010 que subsidiaram a construção da política. Outros dois livros digitais também serão apresentados ao público e terão acesso disponibilizado durante o lançamento: Aragwaksã Plano de Gestão Territorial do Povo Pataxó de Barra Velha e Águas Belas e Etnomapeamento dos Potiguara da Paraíba.

 

Fonte: Portal do Planalto