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Acadêmico indígena do mestrado em educação da UCDB é convidado para Rio+20

O professor Eliel Benites, mestrando em Educação pela Universidade Católica Dom Bosco, indígena da etnia guarani, foi convidado pelo Ministério da Cultura para participar de uma roda de conversa sobre Pontos de Cultura Indígenas durante o Seminário Culturas Indígenas na Rio + 20, que acontece como parte da programação da Rio + 20 - Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, no Rio de Janeiro. A roda de conversa ocorre nesta quarta-feira (20) no Galpão da Cidadania.

Na roda de conversa, Eliel Benites vai falar sobre o Ponto de Cultura Teko Arandu, um projeto do Núcleo de Estudos e Pesquisas das Populações Indígenas da Universidade Católica Dom Bosco (NEPPI/UCDB) apoiado pelo Ministério da Cultura, Ministério das Comunicações e Prefeitura Municipal de Caarapó e coordenado pelo professor Neimar Machado. O Ponto fica na aldeia Te’ýikue, no município de Caarapó, distante 267 kilômetros de Campo Grande, a capital do Estado. Funciona em uma escola que atende mais de mil indígenas e tem o objetivo de promover o diálogo intercultural entre as culturas digitais e as culturas indígenas, especialmente a Guarani. Os alunos atendidos pelo projeto têm acesso à internet, o que contribui para a inserção deles na sociedade, sem deixar de lado suas raízes. O Ponto implantou um site da comunidade, disponibilizado em português e guarani.

Eliel Benites é professor da escola de ensino fundamental na aldeia Te’ýikue e bolsista do Observatório de Educação Escolar Indígena/ CAPES. Ele faz parte do programa Rede de Saberes do NEPPI/UCDB. O programa, financiado pela Fundação Ford, apoia a permanência de acadêmicos indígenas no Ensino Superior e é uma parceria entre UCDB, Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS) e Universidade da Grande Dourados (UFGD).

O mestrando tem boas expectativas para a participação no evento “a minha expectativa é muito grande e me sinto muito honrado em participar. Temos que colocar no contexto da discussão no Rio + 20 o nosso ponto de vista como indígena guarani-kaiowá, sinalizar o tipo de futuro que queremos a partir da nossa visão, que muitas vezes é ignorada. Percebemos a dificuldade de negociação de alguns pontos relevantes da proposta destes eventos pelos representantes dos países, mas acreditamos que vamos avançar, porque o futuro do nosso planeta está nas nossas mãos” explica.