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Instituto Dom Moacyr forma 61 Agentes Indígenas de Saúde

De 12 a 27 deste mês, o Instituto Dom Moacyr (IDM), por meio da Escola Técnica em Saúde Maria Moreira da Rocha, realizou mais uma etapa de capacitação de Agentes Comunitários Indígenas de Saúde (Acis) que atuam nos Estados do Acre e Amazonas. Participaram 61 agentes das etnias Kulina-Madjá (Manoel Urbano), Kaxinauwá (Santa Rosa do Purus), Manchineri, Jaminauwa (Assis Brasil) Apurinã e Jamandi, (Boca do Acre-AM).

As atividades foram realizadas na Comissão Pró-Índio (CPI), com a carga horária de 200 horas. O curso completo terá 600 horas, divididas em três etapas.

Na primeira, foi ofertado aos Agentes Indígenas de Saúde o primeiro módulo, com os seguintes temas: Políticas Públicas de Saúde, Modelos de Atenção Básica de Saúde, e Controle Social e Processos de Saúde e Doença.

Na regional do Juruá, a formação será iniciada no dia 5 de novembro, com a participação de 103 indígenas dos municípios do entorno de Cruzeiro do Sul, local de realização das aulas presenciais.

“O que planejamos foi alcançado. Percebemos que houve bastante aprendizado com a metodologia utilizada. Para a etnia Kulina houve um tradutor, e todo material didático-pedagógico utilizado foi construído de forma bilíngue para ser apresentado a eles”, disse a coordenadora do curso Acis, Adriana Nascimento das Neves.

O próximo encontro presencial ocorrerá na primeira semana de março de 2013, para a entrega e apresentação das atividades de dispersão encaminhadas nesse encontro e também para a realização do próximo módulo.

Araújo de Souza é da etnia Apurinã e atua como Agente de Saúde Indígena na aldeia Nova Vista, situada em Pauini, no Amazonas, cuidando de 18 famílias indígenas, num total de 125 pessoas. Para ele, a realização de cursos é muito importante: “Estudar é muito bom. Aprendi coisas necessárias, e os conhecimentos vão servir para melhorar o atendimento na minha comunidade. Espero me formar para oferecer o melhor serviço”, disse.

O agente Juraci Vzacade Kulina, da comunidade Santa Júlia, em Manuel Urbano, cuida de 115 pessoas. E também falou da necessidade de adquirir novos conhecimentos. “É um aprendizado trabalhar com as comunidades e melhorar o atendimento dos que precisam. Quanto mais a gente aprende, melhor fica o nosso trabalho.”

Para a coordenadora da Escola de Saúde Anna Lúcia Abreu, é de extrema relevância a capacitação de Agentes Indígenas de Saúde que já atuam em suas comunidades, pois eles são profissionais muito importantes para o fortalecimento da medicina tradicional e da medicina do não-índio.