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Museu resgata imagens históricas do indigenismo no Brasil

Livro traz fotos feitas durante 57 anos de trabalho de extinto órgão federal.
Serviço de Proteção ao Índio foi o embrião da Funai.

Imagens e documentos históricos recuperados por antropólogos do Museu do Índio, no Rio de Janeiro, recontam 57 anos do trabalho de relacionamento com indígenas em diversas partes do país feito pelo extinto Serviço de Proteção ao Índio (SPI), embrião da atual Fundação Nacional do Índio (Funai).


 O cotidiano dos índios e a convivência com o "povo branco" estão registrados em fotografias feitas entre 1910 e 1967 e que estarão no livro “Memória do SPI”, organizado pelo coordenador de divulgação cientifica do Museu do Índio, Carlos Augusto da Rocha Freire. A publicação será lançada nesta terça-feira (13), no Rio.

O material conta com 25 artigos de especialistas que conviveram ou ainda trabalham com populações indígenas, além de mais de 400 fotos históricas e matérias jornalísticas da primeira metade do século XX.

Freire disse ao G1 que quase todas as fotos da publicação foram “garimpadas” em sedes da antiga SPI, agregadas após seu fim pela Funai. Na maioria dos casos, foram encontrados apenas os negativos, já que as imagens originais foram destruídas em um incêndio na década de 1960.

Pelos direitos dos índios
Criado em 1910, o SPI foi organizado por Cândido Mariano da Silva Rondon, mais conhecido como Marechal Rondon, sertanista brasileiro que desbravou o país a serviço do governo.

“O SPI foi criado para instaurar o direito dos índios, demarcar suas terras e tentar uma aproximação deles com a sociedade”, explica Carlos Augusto.

De acordo com o antropólogo, a documentação mostra que, mesmo com o passar do tempo e a integração dos índios à vida urbana, a identidade étnica não foi perdida.

“Por mais que alguém doasse ao índio uma calça jeans, nada disso alterou a potencialidade dele ser identificado como índio”, disse.

Segundo Carlos, o SPI entrou em crise na década de 1960, período que, de acordo com o antropólogo, o Brasil registrou grande quantidade de conflitos agrários entre indígenas e agricultores.

Em seu vácuo, nasceu a Funai, que utilizou a mesma estrutura e quadro de funcionários do órgão federal. "Essa documentação prova que os índios sofreram ao longo do século passado", disse.

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