“O que é? O que é? Dois vizinhos que moram juntos, mas nunca se vêem?”. Se você respondeu “os olhos”, acertou. Este e outros desafios estão no cartaz “Mbaravija. Mbaravija. Mba'e pa karai pe oi va'e? O que é, o que é?”, editado pelo Museu do Índio em parceria com a Secretaria de Educação do Município de São Paulo.
Elaborado pelos educadores Guarani que trabalham nos Centros de Educação Infantil Indígena, vinculados aos Centros de Educação e Cultura Indígena (CECIs) da Cidade de São Paulo, o cartaz é bilíngue em Guarani e Português. Em oficinas que visavam à produção de materiais lúdico-educativos para uso com as crianças das aldeias de São Paulo, os Mbaravija (advinhações) foram escritos, traduzidos e ilustrados pelos Guarani para serem compartilhados com crianças indígenas e não-indígenas do Brasil.
“Mbaravija é uma arte tradicional muito apreciada pelos Mbyá Guarani. Os velhos formulam perguntas com sentido desafiador, estimulando os que estão à sua volta para que descubram as respostas” explica o antropólogo Luís Donisete Benzi Grupioni, que assessorou os Guarani na confecção do cartaz.
Este cartaz integra o projeto “Histórias para sonhar e contar para sempre - Etnia Guarani da Cidade de São Paulo”, financiado pelo Ministério da Educação e desenvolvido pela Prefeitura Municipal de São Paulo, nos CECIs das aldeias Jaraguá, Tenondé Porã e Krukutu, que atendem hoje cerca de 200 crianças Guarani, com idade de 0 a 6 anos.
Assessoria de Comunicação Social/MI