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Acordo entre FUNAI e MPI cria Centro de Registros Lingüísticos no Museu do Índio

A Fundação Nacional do Índio - FUNAI e o Instituto Max Plank para Psicolingüística (MPI/Psycholinguistik), sediado em Nijmegen, Holanda, assinaram acordo de cooperação científica na área de pesquisa lingüística, no último dia 5 de abril, em Brasília, na sede da FUNAI, com o objetivo de criar acervos modernos, digitais e multimídia para documentar e preservar as línguas indígenas.

O programa prevê, ainda, a capacitação tecnológica de pesquisadores e disponibilização de ferramentas de ponta para a criação de arquivos e bases de dados. Hoje, no Brasil, existem cerca de 180 línguas, algumas estão seriamente ameaçadas, inclusive, com o risco de desaparecer nos próximos anos.

Em destaque, a criação no Museu do Índio, no Rio de Janeiro, de um Centro para Registros Lingüísticos que abrigará o Acervo Digital de Línguas Ameaçadas do programa DOBES – Dokumentation Beedrohter Sprachen - atualmente depositado no Instituto Max Plank e aberto à contribuição de pesquisadores que atuam no Brasil na área de documentação lingüística e cultural.

Quatro projetos de documentação de línguas indígenas no Brasil, desenvolvidos por instituições acadêmicas e científicas brasileiras (Museu Nacional / UFRJ no Rio de Janeiro e Museu Goeldi em Belém) em cooperação com européias (Universidade Livre de Berlim, Instituto Max Planck de Psicolingüística e Universidade de Leiden), fazem parte do Programa DOBES. No momento, os pesquisadores doutores Bruna Franchetto, Sebastian Drude, Raquel Guirardello e Sérgio Meira têm coletado material etnográfico e lingüístico de seis línguas indígenas ameaçadas no Brasil (línguas Karib do Alto Xingu ou Kuikuro, Awetí, Trumai, Bakairí, Sateré e Kaxuyana).

 

 

Assessoria de Comunicação Social/MI