Presidente Lula recebe o Projeto de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas Brasileiras das mãos do presidente da FUNAI, Márcio Meira. (Foto:Leonardo Prado)
O Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas Brasileiras, um dos destaques da Agenda Social do Governo Lula, pretende, sob a coordenação do Museu do Índio/FUNAI, documentar e fortalecer 20 línguas indígenas.
Os trabalhos serão desenvolvidos, sob a coordenação da professora Bruna Franchetto, em conjunto com diversas instituições acadêmicas e científicas, entre elas: Museu Nacional/UFRJ, Museu Paraense Emílio Goeldi/MCT e o Instituto Max Planck para Psicolingüística, sediado em Nijmegen, Holanda.
Atualmente, restam cerca de 180 línguas nativas no Brasil, das mais de 1200 existentes no país na época do descobrimento. Em abril deste ano, um novo passo para a preservação do patrimônio cultural lingüístico dos povos indígenas foi dado com a assinatura de um acordo entre a FUNAI e o Instituto Max Planck para Psicolingüística – MPI, que, entre outras iniciativas, resultou na criação no Museu do Índio de um Centro de Documentação Lingüística.
O Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas Brasileiras inclui a documentação de 35 línguas, das quais deverão ser inicialmente escolhidas 20 para a execução de sua primeira fase, com base em critérios tais como: o grau de ameaça a sua sobrevivência; condições de realização de um bom trabalho por equipes compostas por lingüistas competentes e das quais deverão participar indígenas em formação como pesquisadores; atitude positiva das comunidades quanto a iniciativas de preservação ou resgate de suas línguas nativas.
Os 20 projetos incluídos no programa apresentarão, no final de três anos, um levantamento ou diagnóstico sócio-lingüístico; um acervo digital com ‘textos’ a partir de gravações áudio e vídeo de aspectos culturalmente relevantes, com anotação que contenha, no mínimo, uma transcrição e uma tradução dos enunciados; um dicionário; uma gramática básica; subsídios didáticos, materiais de divulgação (vídeos, CDs, DVDs), além de publicações de natureza científica.
Fonte: ACS/Museu do Índio