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Tribos indígenas realizam rituais no Marco Zero

Os rituais de passagem indígenas variam de tribo para tribo, mas sempre encantam pela força e originalidade das danças e cantos. Pela primeira vez, o público recifense vai ter a oportunidade de conhecer cerimônias fechadas e tradicionais de quatro povos indígenas: Mehinaku (Parque do Xingu) e Xavante - ambos do Mato Grosso - e os Pankararu e Fulni-ô, de Pernambuco. A iniciativa é do Projeto Rito de Passagem – Canto e Dança Ritual Indígena, que durante os dias 09, 10 e 11 de novembro se apresenta no Marco Zero, sempre às 20h, com entrada gratuita.

Em sete anos de projeto, o Rito de Passagem já foi visto por um público de 58 mil pessoas em apresentações em seis cidades brasileiras (São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Goiânia, Salvador e Fortaleza) e também no exterior (Alemanha, Bélgica, França e Japão).

Para a apresentação, será construído no Marco Zero um espaço com condições para que a cerimônia seja fiel aos rituais. No local, serão colocados terra batida e elementos presentes nos pátios de cerimônias das aldeias – fogo, água, terra e ar. Para o público, serão construídas arquibancadas com capacidade para abrigar mil pessoas que ficarão de frente para o mar, isolados por completo do contato com o ambiente urbano. A idéia é que os espectadores se sintam transportados para dentro das aldeias.

“O Rito de Passagem sempre acontece em lugares historicamente importantes nas cidades por onde passa. O Marco Zero foi escolhido pelo simbolismo e valor que tem para a capital pernambucana”, explica Ângela Pappiani, coordenadora cultural do Instituto das Tradições Indígenas (Ideti) - Organização Não-governamental Indígena, que promove o evento.A proposta do evento é aproximar os habitantes da cidade dos povos indígenas que conservam a vida tradicional nas aldeias, por meio da arte e dos rituais.

Exposição – O Rito de Passagem traz também a Exposição Fotográfica Etnias com imagens de dez povos de seis estados brasileiros. As fotos, captadas por Helio Nobre, ficarão expostas no Terminal Marítimo, no bairro do Recife, onde os visitantes poderão também conhecer a localização de cada tribo. Na abertura da exposição será lançado o CD Ritos de Passagem, que capta momentos dos rituais de passagem dos povos Tukano, Xavante, Krikati, Karajá, Mehinaku, Bororo e Kaxinawá. O trabalho é um registro das músicas tradicionais com a presença e participação de mais de 1.500 pessoas de sete povos indígenas, produzido pelo Ideti ao longo de quatro anos.

O Terminal Marítimo ainda vai abrigar a Mostra de Vídeos Indígenas. São cinco projetos que fazem um panorama da vida cotidiana das aldeias, dos rituais e das cerimônias de iniciação. Serão exibidos os filmes A’uwê Uptabi – O Povo Verdadeiro, Peju Katu Kyringue’i – Venham Todas as Crianças, a animação Taina-kan sobre um mito do povo Karajáe o documentário Rito de Passagem e Estratégia Xavante.

Conheça um pouco mais sobre os povos participantes

Pankararu
Os Pankararu são originários da aldeia Brejo dos Padres, que fica entre as cidades de Jatobá e Tacaratu, no Sertão de Pernambuco. A agricultura é sua principal ocupação e vivem em luta constante pela sobrevivência por conta dos prolongados períodos de seca. A população Pankararu é de sete mil pessoas.

Fulni-ô
Os Fulni-ô vivem no município de Águas Belas, no Agreste do Estado. Apesar da proximidade com a cidade e do contato com a população urbana há mais de 300 anos, a tribo ainda conserva a língua materna – o Yaathe - e as cerimônias espirituais. Ao todo, são sete mil pessoas que não possuem terras demarcadas, mas todos os anos se isolam do mundo contemporâneo num tempo de reclusão espiritual no ritual do Ouricuri.

Xavante
O povo Xavante se autodenomina A´uwê Uptabi, que significa gente verdadeira. A população total é de 28 mil pessoas, sendo cerca de 400 pessoas na Aldeia Etenhiritipa, localizada na terra Indígena Pimentel Barbosa, no Mato Grosso. O povo é guerreiro e caçador, se pinta com jenipapo, carvão e urucum, tira as sobrancelhas e os cílios, usa cordinhas nos pulsos e pernas e uma gravata cerimonial de algodão. O corte de cabelo, os adornos e as pinturas são outras características marcantes da identidade ao povo Xavante.

Mehinaku
O povo Mehinaku vive há milhares de anos no mesmo lugar, às margens do Rio Curusevo, na aldeia Uiaipiuku, localizada no Parque Indígena do Xingu - Mato Grosso. São, ao todo, 230 pessoas, sendo 106 nessa aldeia, mas na época dos primeiros contatos, em 1940, quase foram extintos. Sobreviveram firmando casamentos com outros povos do Xingu, construindo uma cultura nova e enriquecida por várias influências.

Serviços

Rito de Passagem – Canto e Dança Ritual Indígena
Local: Marco Zero
Data: Dias 9 (Pankararu e Fulni-ô), 10 (Xavante) e 11 de Novembro (Mehinaku)
Horário: 20h
Ingressos: Entrada franca
Obs. Os bilhetes serão retirados com duas horas de antecedência do evento. Não será permitida a entrada ou saída do público após o início dos rituais.

Exposição Fotográfica Etnias
Local: Terminal Marítimo
End: Av. Alfredo Lisboa, s/n (ao lado do Marco Zero), bairro do Recife, Recife/PE.
Datas: de 09 a 22 de novembro
Horário de funcionamento: das 16h às 22h / Entrada franca

Mostra de Vídeos Indígenas
Local: Terminal Marítimo
End: Av. Alfredo Lisboa, s/n (ao lado do Marco Zero), bairro do Recife, Recife/PE.
Datas: de 09 a 22 de novembro
Horários: das 16h às 22h / Entrada franca