A parceria permitirá a implementação do "Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas Brasileiras" que prevê o fortalecimento de 20 línguas indígenas ameaçadas de desaparecimento. O Protocolo de Intenções foi assinado pelo presidente da Fundação Nacional do Índio - FUNAI, Márcio Augusto Freitas de Meira, e o Presidente da Fundação Banco do Brasil, Jacques Pena, no dia 13 de agosto passado, em Brasília.
Atualmente, restam cerca de 180 línguas nativas no Brasil, das mais de 1200 existentes no país na época do descobrimento. O Programa de Documentação de Línguas e Culturas Indígenas Brasileiras inclui a documentação de 35 línguas, das quais deverão ser inicialmente escolhidas 20 para a execução de sua primeira fase.
O Museu do Índio vai desenvolver os trabalhos em conjunto com diversas instituições convidadas, entre elas o Museu Nacional, o Museu Paraense Emílio Goeldi e o Instituto Max Planck para Psicolingüística, sediado em Nijmegen, Holanda.
Os 20 projetos incluídos na fase inicial do Programa apresentarão, no final de três anos, um levantamento ou diagnóstico sócio-lingüístico; um acervo digital com ‘textos’ a partir de gravações áudio e vídeo de aspectos culturalmente relevantes; um dicionário; uma gramática básica; subsídios didáticos, materiais de divulgação (vídeos, CDs, DVDs), além de publicações de natureza científica.
O Centro de Documentação Lingüística do Museu do Índio arquivará todos os materiais produzidos por cada Projeto e entregará cópias de todos os produtos às comunidades indígenas envolvidas no Programa.
Fonte: ACS/Museu do Índio