Foram lançadas as primeiras publicações que integram a lei sobre a obrigatoriedade do ensino da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena na rede de ensino do Brasil.
Chegaram ao mercado os dois primeiros livros que contemplam a Lei 11.645, de 10 de março de 2008, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional para incluir no currículo oficial da rede de ensino (pública e particular) a obrigatoriedade do ensino da temática História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. Trata-se dos livros "Sociedade em construção – História e cultura afro-brasileira – O negro na formação da sociedade brasileira" e "Sociedade em construção – História e cultura indígena brasileira – O índio na formação da sociedade brasileira", ambos de autoria do jornalista e sociólogo João Alves Tiradentes, em parceria com a mestra em educação pela USP Denise Rampazzo da Silva.
Todos os seus 14 capítulos seguem rigorosamente o que estabelece a lei, quanto ao conteúdo programático. Eles tratam dos aspectos da história e da cultura que caracterizam a formação da população brasileira a partir desses dois grupos étnicos, tais como o estudo da história da África e dos africanos, a luta dos negros e dos povos indígenas no Brasil, a cultura negra e indígena brasileira e o negro e o índio na formação da sociedade nacional, resgatando as suas contribuições nas áreas social, econômica e política, pertinentes à história do Brasil.
"Esses livros oferecem todas as condições necessárias para que os professores trabalhem a temática nas disciplinas que são determinadas pela lei", assegura o editor. Ou seja, o conteúdo referente à história e cultura afro-brasileira e dos povos indígenas brasileiros é apresentado neles sob o ângulo que deve ser ministrado no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e de Literatura e História brasileiras. "Nós os escrevemos com a lei à nossa frente e sob consulta o tempo todo", afirma João Tiradentes.
Segundo ele, os livros atendem a uma reivindicação do ex-ministro da Cultura Gilberto Gil. "Gil dizia que só a Fundação Palmares havia se preocupado em produzir conteúdos sobre o tema, tanto que o nosso livro tem o aval de Zulu Araújo, presidente da Fundação Cultural Palmares, do Ministério da Cultura", diz. E acrescenta que outro diferencial é o formato 2 em 1 (dois livros em um), porém com duas capas específicas, sendo que de um lado está o livro sobre os negros e do outro o de cultura indígena brasileira.
Essa proposta leva em consideração a redução do preço final, de armazenamento e de transporte, cuja economia permite vender dois livros pelo preço de um, segundo a Direção Cultural, a editora que comprou os direitos dos autores e é a responsável pela a impressão e distribuição. Para mais informações poderá consultar o 'site' www.livroafrobrasileiro.com.br.
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