Inauguração: 1° de setembro de 2009, às 12 horas
Local: Terra Indígena Wajãpi, Posto Aramirã, municípios de Pedra Branca do Amapari e Laranjal do Jari, Amapá.
Salas de pesquisa, espaço para a realização de oficinas, cursos e reuniões, além de alojamentos para Wajãpi residentes em outras aldeias e colaboradores compõem o novo Centro de Formação e Documentação que será inaugurado em 1° de setembro, na Terra Indígena Wajãpi, no Amapá.
No local, serão realizadas algumas das ações previstas no Plano de Salvaguarda do Patrimônio Imaterial Wajãpi aprovado pela Unesco em 2003, por indicação do Museu do Índio/FUNAI e lideranças Wajãpi. Naquele ano, a arte gráfica Kusiwa foi proclamada como Patrimônio da Humanidade. Como principal atividade do novo Centro, a formação de pesquisadores, professores e documentaristas indígenas.
Além do acervo documental produzido e doado pela antropóloga Dominique Tilkin Gallois, do Núcleo de História Indígena e do Indigenismo da USP, datado desde o final da década de 1970, o Centro vai abrigar a documentação produzida pelos próprios pesquisadores e documentaristas Wajãpi. Também será instalada uma das unidades do Pontão de Cultura "Arte e Vida dos Povos Indígenas do Amapá e Norte do Pará", mantido pelo Iepé – Instituto de Pesquisa e Formação em Educação Indígena e pelo Apina – Conselho das Aldeias Wajãpi, com apoio do Ministério da Cultura e do IPHAN.
Equipado com computadores, impressoras, televisão e aparelho de DVD, redes de internet e radiofonia, que funcionam com sistema de energia solar, o Centro vai permitir que os Wajãpi tenham acesso aos resultados de outras pesquisas realizadas junto ao grupo e a documentos sobre outros povos indígenas do Brasil e do mundo.
Sendo um local de produção e difusão de conhecimentos, a expectativa das lideranças indígenas é de que o Centro contribua para aumentar o interesse dos jovens Wajãpi pela sua própria cultura e seu envolvimento nos processos de transmissão de conhecimentos e práticas tradicionais.
A construção do Centro de Formação e Documentação Wajãpi foi realizada pelo Iepé e pelo Apina com patrocínio da Petrobras, por meio da Lei Rouanet. Seus equipamentos foram adquiridos com apoio do IPHAN, da Unesco-Brasil, da Embaixada da Austrália e da Petrobras. A administração do local será dos pesquisadores Wajãpi e dos membros da diretoria do Apina.