A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) recepcionou nesta terça-feira (15) os acadêmicos indígenas veteranos e calouros da instituição no campus de Uvaranas. Os estudantes receberam orientações sobre a matrícula e informações sobre seus cursos que, em geral, são escolhidos de acordo com as necessidades da aldeia.
O primeiro vestibular para acadêmicos indígenas foi realizado em 2001, em Guarapuava. Em cada concurso são disponibilizadas seis vagas nas instituições de ensino superior. A UEPG tem 12 acadêmicos matriculados em diversos cursos de graduação. Os acadêmicos solteiros recebem bolsa de R$ 633 e os casados, R$ 945,50. A universidade fornece vale-alimentação no Restaurante Universitário e vale-transporte.
Carreira - Desde o ingresso dos acadêmicos, em 2001, o projeto registra a graduação de Marilene Bandeira no curso de Licenciatura em Pedagogia. Atualmente, ela é pedagoga na escola indígena de Apucaraninha, na região de Londrina. Durante o período em que estão matriculados, surgem dificuldades de assimilação de conteúdos em determinadas disciplinas. Para tanto, a UEPG disponibiliza tutoria para auxiliar o aluno em suas dúvidas.
No atendimento aos indígenas, a atuação da Comissão Universidade para os Índios (CUIA) é fundamental porque busca aprimorar o diálogo entre universidades e sociedades indígenas. “Os saberes dos povos indígenas ainda não são conhecidos nem respeitados como seria necessário. As relações são profundamente desiguais e cabe às universidades minimizar essa distorção”, diz Maria Marce Moliani, integrante da CUIA.
Fonte: www.aen.pr.gov.br