Encontro em Brasília reunirá gestores para promoção, prevenção, intervenção e redução de danos para povos indígenas
Entre os dias 04 e 08 de abril, Brasília vai sediar reunião para educação continuada dos gestores de Saúde Mental dos Distritos Especiais de Saúde Indígena (DSEI). No encontro haverá troca de experiências sobre práticas exitosas para atenção básica a saúde mental para populações indígenas, além do que é lecionado nas universidades e instituições de ensino superior do país. O evento é promovido pela Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai).
Os profissionais receberão formação aprofundada sobre antropologia, psicologia, epidemiologia e etnopsiquiatria, com ênfase na promoção à saúde, prevenção, intervenção e redução de danos integrados à cultura indígena. Os profissionais discutirão, por exemplo, a estratégia do Ministério da Saúde de enfrentamento ao consumo de álcool e outras drogas e acesso ao atendimento em saúde mental, respeitando as especificidades desses povos. Além disso, será apresentado um balanço das ações, resultados e experiências exitosas em saúde mental indígena nos Dseis de Santa Catarina, São Paulo, Cuiabá, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Alto Rio Negro, Potiguara, Minas Gerais, Ceará, Guamá, Paraná, Araguaia, Alto Rio Solimões, Alagoas, Sergipe, Xingu e Manaus. De acordo com a diretora do Departamento de Atenção à Saúde Indígena, Irânia Marques, o encontro dará continuidade ao processo de formação destes profissionais, iniciada em 2007, pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Para ela, a reunião será uma oportunidade de compartilhar experiências exitosas e subsidiará a formulação de uma política em saúde mental específica para os povos indígenas. "A Sesai quer reunir todas as instâncias responsáveis pela promoção, prevenção e tratamento em saúde mental para juntos pensarmos uma política intersetorial para essa população", destacou. Além dos profissionais de saúde mental indígena, o evento contará com a presença de representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e Coordenação Nacional de Saúde Mental do Ministério da Saúde.
Por Valéria Amaral, da Agência Saúde.
