Guias de turismo treinados acompanham os visitantes e apresentam detalhes do projeto.
O estande do Centro de Estudos e Pesquisa da Ictiofauna Pantaneira (Cepric) – Aquário do Pantanal, que fica no Parque das Nações Indígenas, na Avenida Afonso Pena, em Campo Grande, já está aberto para a visitação do público.
Guias de turismo treinados acompanham os visitantes e apresentam detalhes do projeto. No local também serão projetadas imagens da fauna dos rios, espécies de peixes pantaneiros e de da cidade de Bonito (MS).
As visitas só podem ser feitas após reserva pelo telefone (67) 3327-2514, com funcionamento de terça-feira a domingo, das 9h às 21h.
Podem entrar para conhecer o projeto 15 pessoas por vez. O espaço também está aberto para as escolas (até 40 alunos - divididos em duas turmas).
22/05/2011
Jogos Urbanos Indígenas atraem mais de 200 atletas em Campo Grande
Atualizado em 22/05/2011 18h37
Parque Sóter recebeu competições em modalidades tradicionais, como arco e flecha e arremesso de lança. Torneio serve para resgatar cultura indígena
De longe, parece uma partida comum de futebol. Mas basta chegar mais perto para notar a diferença: os jogadores se comunicam em campo na língua terena, uma das seis etnias que participaram dos Jogos Urbanos Indígenas em Campo Grande neste domingo.
- Poke'e ke! - a instrução dos atletas é traduzida como "toca [a bola] no chão!" por Francisco Vitor, filho de terenas. Enquanto assiste ao jogo entre Estrela da Manhã e Acadêmica Indígena, no campo do Parque Sóter, ele traduz outras expressões como "kirika" (rápido) ou "vanu keke" (toca [a bola] no alto). O português é o idioma oficial para a maioria, mas a língua tradicional jamais é esquecida, passa de geração para geração.
Em Campo Grande existem 18 comunidades distribuídas em quatro aldeias urbanas, que reúnem ao todo cerca de 8 mil moradores. Os jogos urbanos atraíram este ano mais de 200 inscritos em seis modalidades esportivas: futebol society, vôlei, atletismo, arco e flecha, arremesso de lança e cabo de guerra. As três últimas fazem parte dos costumes indígenas e servem para resgatar as tradições nas aldeias.
O arqueiro terena Dozenildo Francisco Jerônimo, segundo lugar no arco e flecha, explica que a prova consiste em três chances para o atirador fazer a maior pontuação possível em um alvo fixo a 20 metros de distância. Os instrumentos são feitos a partir do tucum, uma espécie de palmeira nativa, e a decoração leva penas de aves. A seta também é de tucum, mas para caçar usa-se osso.
E a rivalidade no esporte? Entre os indígenas não existem desavenças como acontece com o homem branco, na opinião do coordenador dos jogos, o terena Adierson Venancio. Isso se deve à cultura de paz nas aldeias.
- Pode brigar num dia, mas no outro faz as pazes. Ninguém é melhor do que ninguém – afirma.
Jogos brasileiros
Quatro atletas de Campo Grande conseguiram índice para disputar a 11ª edição dos Jogos dos Povos Indígenas, que serão realizados em outubro na cidade de Porto Nacional (TO). Eles vão representar suas aldeias nas modalidades: arco e flecha, arremesso de lança e atletismo (corrida de 1.500m masculino e 800m feminino).
Fonte: Por GLOBOESPORTE.COM Campo Grande