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Em MS, idosa indígena diz ter tirado primeiro documento aos 103 anos

'Foi a primeira vez que eu tirei foto', diz Biloca de Oliveira, da etnia caiuá.
Mutirão no fim de semana em Dourados atendeu mais de 8 mil indígenas
Aos 103 anos, a indígena Biloca de Oliveira, da etnia caiuá, tirou pela primeira vez os documentos pessoais. Ela participou neste domingo (19) do mutirão organizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e outras 19 entidades, que beneficiou mais de 8 mil índios da região de Dourados, a 220 quilômetros de Campo Grande.

O mutirão foi realizado na Escola Municipal Indígena Tengatui Marangatú, que fica na aldeia Jaguapiru. Biloca saiu do local com certidão de nascimento, CPF e Registro Administrativo de Nascimento Indígena (Rani). "Foi a primeira vez que eu tirei foto", conta. No sábado (18), outra indígena centenária conseguiu documento novo: a caiuá Maria da Silva, de 106 anos, obteve o RG.
CNJ faz mutirão em MS para emitir documentos para 8 mil indígenas
Famílias inteiras de indígenas das aldeias Jaguapiru e Bororo receberam atendimento no programa coordenado pela Defensoria Pública Estadual. A índia guarani Maria Tereza Vilhalva, de 62 anos, recebeu a certidão de nascimento no mesmo dia em que a neta Jasmin, de apenas cinco meses. "Viemos em sete pessoas, duas são crianças, e todos nós estamos pegando documentos pela primeira vez", diz.