Em coletiva realizada na manhã desta sexta-feira, em faculdade da zona sul do Rio de Janeiro, foi anunciada oficialmente a Cúpula dos Povos da Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, evento da sociedade civil mundial que ocorrerá em paralelo à conferência das Nações Unidas em 2012.
A Cúpula planeja reunir diversas organizações e iniciativas ligadas não somente ao meio ambiente, mas também a outras temáticas, como direitos humanos, trabalho rural e urbano, mulheres, juventude, povos indígenas, economia solidária, entre outros.
Segundo Fátima Mello, da Rede Brasileira de Integração dos povos (Rebrip), o evento acontecerá possivelmente no Aterro do Flamengo em junho. Ela afirmou que ele foi feito por conta de um grande momento de emergência. "Nós temos como objetivo dessa iniciativa recolher a herança do fórum global que aconteceu em paralelo a Eco 92. Só que dessa vez nós pretendemos colocar as lutas por justiça social, ambiental e por direitos em outro patamar. Nós queremos afirmar que não haverá um RIO+40, o nosso planeta não aguentará isso, nosso recado para sociedade e para os governos é que estamos cansados de conferências sem capacidade implementação e compromisso que não são condizentes com a crise que nós vivemos no nosso planeta", disse.
Outro assunto debatido foi a Copa do Mundo e as Olimipíadas. Segundo o ativista Brian Ashley, da África do Sul, a competição deixou um marco negativo para seu país. "Todos nós sabemos que na África do Sul existem necessidades sociais que não são resolvidas. O governo sempre disse que não havia dinheiro para esse tipo de problema, mas de repente quando surge algum megaevento o dinheiro aparece. Milhões de dólares foram gastos em estádios que agora não servem para nada. Espero que o Brasil venha a competir com a África somente no futebol", afirmou.
Fonte: noticias.terra.com.br
