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Povos indígenas terão investimento de R$ 7 milhões

Recurso do BNDES será executado pela Seaprof em produção agrícola e segurança alimentar
Com 36 terras indígenas, 15 etnias e uma população de aproximidamente 17 mil índios, o Acre vai investir R$ 7 milhões na produção agrícola e segurança alimentar dos povos indígenas acreanos.

O recurso, do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), será executado pela Secretaria de Extrativismo e Produção Familiar (Seaprof).
"Já temos um bom investimento proveniente dos convenios anteriores e esse recurso dará continuidade ao trabalho que vem sendo feito, além de contemplar outras terras onde não houveram investimentos ainda", disse o Assessor Especial de Assuntos Indígenas do Gabinete do Governador, José Kaxinawa.
O foco principal para o investimento dos recursos é o fortalecimento das atividades de psiscultura, sistemas agroflorestais, criação de pequenos animais. "A ideia é garantir produção, segurança alimentar, saúde. A alimentação é uma forma de redução de doenças e de mortalidade infantil. Com o trabalho é possível oferecer subsestencia interna e até mesmo fonte de comercialização nos mercados locais. É importante que tenham essa condição, as populações indígenas têm aumentado bastante nos últimos anos e é preciso fortalecer a produção para garantir fartura alimentar", disse Marcelo Piedrafita, da assessoria dos povos indígenas.
Há também a possibilidade da produção agrícola nas terras indígenas fornecer merenda escolar para as unidades de ensino que funcionam nas terras indígenas através do PAA, (Programa de Aquisição de Alimento).
Segundo Zezinho Kaxinawa, as áreas indígenas ao longo da BR 364 têm prioridades ligadas à mitigação de impactos. O recurso será investido principalmente em tres regiões, no trecho de Feijó a Rodrigues Alves, que inclui 9 terras indígenas, a área da BR 364 entre Sena Madureira e Feijó, com 10 terras, e também um conjunto de terras no Vale do Juruá e em Tarauacá, que pouco receberam investimentos produtivos nos últimos anos.
Os investimentos serão gerenciados com base no plano de gestão das terras indígenas, elaborado pelas próprias comunidades, onde apontaram desafios, necessidades e possibilidades de investimentos.
Fonte: www.agencia.ac.gov.br