Museu do Índio Portal Brasil CGU - Acesso à Informação
Trocar cores de fundo Fundo branco Fundo cinza Fundo marrom Fundo vermelho Fundo amarelo Fundo verde

projeto antigos aldeamentos 04-2015 fotos paulo mumia 0012

Página Inicial > Divulgação > Notícias > Povos indígenas contribuirão com conhecimentos à Conferência Rio+20

Povos indígenas contribuirão com conhecimentos à Conferência Rio+20

Comunidades originárias andinas preparam-se para assistir à reunião Rio+20 na qual contribuirão com seus conhecimentos e práticas ancestrais sobre o uso e conservação da biodiversidade, afirmam hoje em um comunicado.

Na Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), que se celebrará no Rio de Janeiro em junho deste ano, também tentarão mostrar que a solução dos atuais problemas da humanidade é mudar a matriz capitalista de produção e consumo.

Segundo o texto da Coordenadora Andina de Povos Indígenas, enfatizarão os direitos territoriais, a diversidade biológica e cultural, e apresentarão um balanço do cumprimento dos objetivos deste tipo de cúpulas que se desenvolvem desde 1992.

Além disso, estarão na agenda de análise a proteção e promoção dos conhecimentos ancestrais, a participação, consulta e o consentimento prévio livre e informado, acrescenta o comunicado.

A Coordenadora, que reúne organizações indígenas andinas da Bolívia, Equador, Peru e Colômbia, ressalta que a Cúpula da Terra Rio 92 permitiu dar visibilidade aos direitos dos povos originários relacionados com o meio ambiente.

Pela primeira vez nessa reunião se reconheceu que a maior parte das regiões do mundo com alta biodiversidade se localiza em territórios de povos indígenas.

Desde então começaram a evidenciar-se as ameaças às áreas e habitat dessas populações, principalmente através de megaprojetos de infraestrutura, atividades extrativistas como mineração, petróleo, gás, florestal, assim como os monocultivos e a agroindústria.

Essas práticas ocasionam, entre outros problemas, o deslocamento destas comunidades.

Não obstante, a Coordenadora nos lembra que 10 anos depois em Johannesburgo, África do Sul, uma nova Cúpula destacou graves retrocessos nas propostas da primeira, principalmente em relação ao reconhecimento dos direitos dos povos indígenas.

Segundo esta organização, em Johannesburgo triunfou o neoliberalismo e predominaram os interesses das corporações multinacionais e da Organização Mundial do Comércio.

Segundo a ONU, o objetivo do fórum na cidade brasileira é buscar soluções sustentáveis para os mais urgentes problemas da humanidade, como o acesso à energia, a mudança climática e a água e os alimentos.

Também, para a exploração excessiva dos recursos pesqueiros, a contaminação dos oceanos, o desemprego e as cada vez maiores desigualdades no mundo.

Fonte: http://www.prensa-latina.cu

13 de marzo de 2012, 10:32
Lima, 13 mar (Prensa Latina)