Em maio de 2019, o Museu do Índio finalizará o processo de contratação de vinte antropólogos e linguistas para realização de projetos de pesquisa no âmbito do projeto de cooperação técnica com a UNESCO intitulado "Salvaguarda do Patrimônio Linguístico e Cultural de Povos Indígenas Transfronteiriços e de Recente Contato na Região Amazônica".
Dentre os projetos de pesquisa apresentados, poderão ser contempladas as etnias Arara de Cachoeira Seca, Araweté, Awá-Guajá, Baniwa, Dow, Galibi-Marworno, Guató, Hupdä, Ingarikó, Jamamadi - He Merimã, Kagwahiv, Kanamari (Tsom Djapá), Karipuna, Korubo, Marubo, Miraña/Bora, Moré-Cojubim, Nadëb, Ninan, Parakanã, Sanüma, Taurepang, Tiriyó, povo do Xinane, Yanomami, Ye'kuana, Yuhupdë e Zuruahá.
Embora o Museu do Índio esteja com suas exposições fechadas à visitação, em virtude das obras e procedimentos para adequação de seus espaços às normativas de segurança e prevenção de incêndios, os projetos de pesquisa e documentação de culturas e línguas indígenas ameaçadas se inserem nos esforços que a instituição tem realizado para promover a diversidade cultural dos povos indígenas do país.
Com duração aproximada de um ano, os projetos possibilitarão ainda a contratação de até cinquenta pesquisadores indígenas, que terão assim a oportunidade de se inserir e contribuir nessa iniciativa de preservação da cultura de seus povos.
O resultado esperado desses trabalhos é a documentação de línguas e culturas em produtos como o registro audiovisual de rituais e outros elementos da cultura material e imaterial desses povos, a formação de novas coleções e a publicação de gramáticas pedagógicas, dentre outros.