A Biblioteca Marechal Rondon passa a disponibilizar, a partir de junho, uma ferramenta especial para que a pesquisa ao seu acervo seja acessível ao público com deficiência visual.
Trata-se do programa Dosvox. Desenvolvido pelo Núcleo de Computação Eletrônico da Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ, o sistema de computação permite que pessoas com deficiência visual utilizem um microcomputador comum (PC) para desempenhar uma série de tarefas, adquirindo, assim, um nível alto de independência no estudo e no trabalho.
"Os estudantes universitários, principalmente das áreas de História, Geografia e Ciências Sociais, já há algum tempo vêm solicitando esse serviço à biblioteca do Museu do Índio.", afirma o Técnico de Ensino José Oado, 55, com deficiência visual. Representante da etnia Kaiowá (MS), ele trabalha na instituição, desde 1983, e é professor de História na rede pública estadual de ensino. Oado é especialista na área de ensino a alunos com deficiência visual.
No sistema operacional Dosvox, a comunicação com o usuário acontece por meio de síntese de voz em Português e demais idiomas. Nele, a interação homem-máquina é simples, estabelecendo um diálogo amigável. Grande parte das mensagens sonoras emitidas é feita em voz humana gravada. Isso significa que ele é um sistema com baixo índice de estresse, mesmo com o uso prolongado.
Com a ferramenta, é possível realizar pesquisa de dados e localizar o acervo da Biblioteca Marechal Rondon, especializada em Etnologia Indígena. Para a leitura de textos (não estão inclusas imagens por enquanto), o pesquisador precisa acessar o material disponível na Biblioteca Virtual da instituição.
O professor José Oado é quem vai orientar o atendimento ao público. É necessário fazer o agendamento prévio, pelo telefone (21) 3214-8700, das 11 às 15 horas.
Equipe da Comunicação Social entrevista José Oado
CS - 10/06/2015
